top of page
  • Podologista: Alexandra Magalhães

Cancro na Pele e a sua prevenção


O cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca (caucasiana). A exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente de cancro da pele (cerca de 90 por cento dos casos).

Quais são os tipos de cancro da pele mais frequentes?

  • Basalioma ou carcinoma baso-celular;

  • Carcinoma espinocelular ou pavimento-celular;

  • Melanoma maligno.

O que é o basalioma ou carcinoma baso-celular?

É o tipo de cancro cutâneo mais vulgar. Atinge sobretudo as pessoas de pele clara que se expõem regularmente ao sol: trabalhadores rurais, pescadores, trabalhadores da construção civil, etc. Surge habitualmente depois dos 40 anos e localiza-se preferencialmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol: face, pescoço e dorso.

Pode manifestar-se sob a forma de um nódulo rosado e brilhante, de crescimento lento ou de uma ferida superficial, que surge sem causa aparente e que não revela tendência para a cura espontânea.

O que é o carcinoma espinocelular?

É o segundo tipo de cancro da pele mais frequente. Atinge igualmente os grupos profissionais que estão permanentemente expostos ao sol, mas de grupos etários mais avançados que no caso do basalioma.

Surge nas áreas do corpo mais expostas (face, pescoço, dorso das mãos e pernas) e quase sempre sobre lesões precursoras (pré-cancerosas). Na maior parte dos casos surge sobre as chamadas queratoses solares ou actínicas, mas também pode originar-se a partir de cicatrizes, pós-queimadura, úlceras e fístulas crónicas ou em pessoas que estiveram muito tempo em contacto com agentes carcinogénicos (tabaco, raios X, arsénico, alcatrão e derivados).

O carcinoma espinocelular é um tumor mais agressivo e de crescimento mais rápido que o basalioma. Manifesta-se habitualmente sob a forma de um nódulo, de crescimento rápido, com tendência para ulcerar e sangrar facilmente. Além de ser localmente invasivo pode, abandonado à sua evolução natural, dar origem a metástases à distância, que podem invadir órgãos vitais e provocar a morte.

O que é o melanoma?

É o cancro da pele mais perigoso e um dos tumores malignos mais agressivos da espécie humana. Origina-se a partir dos melanócitos da epiderme, células responsáveis pelo fabrico do pigmento natural (melanina) que dá a cor bronzeada à pele. Atinge grupos etários mais jovens que o basalioma e o carcinoma espinocelular.

Ao contrário do basalioma ou do carcinoma espinocelular, que estão relacionados com a exposição crónica ao sol, o melanoma maligno parece estar mais associado à exposição solar intermitente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ("escaldões"), especialmente quando ocorridos em idades jovens.

O melanoma maligno pode surgir sobre pele aparentemente sã, em qualquer parte do corpo ou sobre sinais preexistentes. O aspeto inicial do melanoma é variado, mas caracteriza-se, habitualmente, pelo aparecimento de um pequeno nódulo ou mancha, de cor negra de alcatrão, sobre pele aparentemente sã ou sobre um sinal já existente.

A que sinais se deve dar atenção?

A maioria esmagadora dos sinais da pele (nevos), quer de nascença quer adquiridos, é completamente inofensiva. Porém, existem alguns, com aspeto particular (nevos atípicos) que podem indicar um maior risco de vir a ter um melanoma.

Características dos nevos:

  • Nevos atípicos: assimétricos, bordo irregular, cor não uniforme, diâmetro superior a seis milímetros;

  • Nevos vulgares: simétricos, bordo regular, cor castanha uniforme, diâmetro inferior a seis milímetros.

As pessoas com muitos sinais são aconselhadas a fazer o auto-exame da pele cerca de uma vez por mês. Em caso de dúvida, deve consultar um dermatologista.

Quais são os fatores de risco?

  • Pele clara e sardenta;

  • Cabelo ruivo ou loiro;

  • Olhos azuis ou esverdeados;

  • Queimadura solar fácil, bronzeamento difícil;

  • Antecedentes de queimadura solar;

  • Exposição irregular e intermitente ao sol;

  • Muitos sinais espalhados pelo corpo;

  • Antecedentes de melanoma em familiares.

Nas consultas de Podologia os cancros de pele também aparecem essencialmente na unha, sendo esta, pele com uma capa córnea diferente da restante pele do organismo. Devem ser de imediato referenciados para o Dermatologia

A lâmina ungueal pode ser acometida por tumores benignos ou malignos, podendo ser comuns ou raros. Os tumores ungueais podem ser tardiamente diagnosticados, provavelmente, porque a unha pode esconder lesões tumorais ou dermatoses inflamatórias, sendo importante o seu diagnóstico precoce para evitar evoluções catastróficas desta situação clínica. Como exemplo podemos ter:

Carcinoma Espinocelular

A doença de Bowen é um carcinoma in situ que pode evoluir para carcinoma espinocelular invasivo. Embora a apresentação clínica não permita a distinção entre carcinoma in situ e carcinoma invasivo, o termo carcinoma epidermoide foi criado para essa lesão na região ungueal. O polegar e o hállux são os dedos mais envolvidos. Sua incidência é maior em homens entre 60 e 70 anos. Na maioria dos casos, esse carcinoma começa na lateral da unha como placa circunscrita, de superfície verrucosa, podendo levar à distrofia. O diagnóstico é confirmado pelo exame anatomopatológico.

Carcinoma espinocelular na lâmina ungueal.

Fotoproteção

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, a maioria dos cancros da pele estão relacionados com a exposição solar, sendo imprescindível a prevenção:

  • Usar chapéus de abas largas, camisolas de manga comprida, óculos escuros e protetores solares.

  • Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 11 e 16 horas

  • Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.

  • Usar protetores solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.

  • Observar regularmente a própria pele, à procura de sinais ou manchas suspeitas.

  • Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.

  • Manter bebés e crianças protegidos do sol. Protetores solares podem ser usados a partir dos seis meses.

Porque as crianças são o melhor do mundo!

Conselhos úteis para proteger as crianças da exposição solar incorreta:

A pele da criança, apesar de se mais resistente que a do bebé, ainda é muito sensível ao sol. O cuidado deve ser intenso nesta fase da vida, porque a maioria das suas brincadeiras acontecem ao ar livre.

Os passeios com os bebés e crianças devem ser curtos, de manhã até às 10 horas e à tarde após as 16 horas, sempre com um chapéu e roupas frescas. O uso de protetor solar para bebés menores de 6 meses deve ser feito somente por orientação médica. Dos 6 meses aos 2 anos os protetores solares devem ser compostos por filtros físicos. Acima dos 2 anos, o protetor solar deve ser aconselhado mediante as características da sua pele.

A exposição excessiva de sol em criança aumenta o risco de doença de cancro de pele na vida adulta.

Protejam as vossas crianças!!!

134 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page